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10/10/2008

Ter ou não ter?

Vira e mexe me deparo com alunos escrevendo e falando “I have x years old“. Esse é um dos erros mais banais em inglês, e o mais corriqueiro, eu diria. Se por ora aqui no Brasil dizemos “eu tenho x anos“, o mesmo não é válido na terra do Tio Sam. Lá, devemos sempre usar “I am/I’m x years old“. Acho válida a forma, pois se formos pensar que nós não temos anos – no sentido de posse – mas somos x anos velhos, já que a velhice é algo que se adquire com o tempo e não algo que se ganha, como um prêmio de loteria. Já pensou se alguém lhe falasse “parabéns! Você foi contemplado com mais x rugas!”.

Mudando de assunto…

Há certos professores e lingüístas (ainda não me acostumei a escrever sem o trema, ok?) que defendem o não-uso da língua materna no ensino de língua estrangeira, pois dizem que tal uso pode acarretar em maus hábitos como traduzir literalmente certas frases e etc. Mas eu sou do contra. Acho que se fizermos um uso da língua materna com parcimônia e cuidado, ela só vem a agregar valores no aprendizado da nova língua. Acho digno se, ao aprendermos algo complexo, fizermos uma analogia ou mostrarmos um elo de semelhança entre uma língua e outra, só temos a ganhar. E ainda nos poupa tempo. Nada mais frustrante do que tentar explicar através de mil formas algo simplesmente inexplicável. Também não são todos que têm a habilidade de entender bem e assimilar a gramática, um “objeto” tão arbitrário das línguas. Dessa forma, sou defensora de uma práxis mais flexível em relação aos alunos e sou totalmente contra as metodologias prontas de escolas de idiomas. Pra mim, se uma metodologia não é flexível a ponto de não poder mudar nada no método de ensino e nem nas aulas, de nada vale nossos esforços. Sem querer fazer jabá, mas por já ter trabalhado numa escola com uma coordenadora metida à déspota e com uma metodologia retrógrada, recomendo veementemente a escola em que trabalho: Yázigi Internexus. Educação não é aprender regras e conteúdos, é muito mais profundo do que isso, é um lugar onde acima de tudo, há a construção do próprio conhecimento. Vide Paulo Freire, que não cito agora pois não achei meu livro dele e porque a internet está uma merd*** hoje.