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10/22/2008

Sobre o tempo

Hora ou outra aparece algum aluno que pergunta “teacher, você conhece algum livro de Inglês que é bom pra estudar em casa?”, sendo que este “em casa” se refere aos livros que servem para o atuo-estudo, algo que eu recomendo veementemente por desafiar e instigar a autonomia do aluno. Pois então, depois de muito trabalho, a página se encontra aqui. Vale lembrar que eu mesma só fiz um ano de curso de inglês na escola em que estudava, na APM Polivalente, e fiz uma entrevista oral para saber em qual nível eu me encontrava, e acabei indo para o intermediário. Achei ótimo, para alguém que nunca havia pisado numa escola do tipo. E se alguém me pergunta quanto tempo leva para aprender uma língua estrangeira, eu vos digo: o tempo é equivalente à sua dedicação. O que vale é a prática, o estudo, não o número de horas semanais que uma escola de inglês tem a oferecer. Neste caso, tanto faz ser uma ou duas vezes por semana, pois se você estuda inglês somente nas horas de aula do curso, acredito que esteja perdendo tempo e dinheiro. Principalmente para os “apressados”, não cobre dos outros (lê-se “o professor”) o que não lhe convém. Se você está disposto a aprender uma língua estrangeira, não espere que lhe apareçam oportunidades, crie você mesmo esse momento oportuno e se esforçe por si mesmo. O tempo deve ser nosso aliado, não nosso inimigo…

E se alguém me perguntar se é possível aprender alguma língua sozinho, num método autodidata, eu direi que é possível. Tomando o meu caso como exemplo, não só com inglês mas também com o francês e o latim, que acredito serem línguas bem mais densas, no sentido de “pesado”, acredito sim, no aprendizado independente da língua. Obviamente alguns me diriam que eu estaria desacreditando na minha própria profissão, ou sugerindo que as pessoas não se matriculem em cursos de idiomas, mas a questão que vale é outra: nem todas as pessoas possuem aptidão para um aprendizado autônomo de línguas. Veja bem, essa é a minha opinião. Não tenho dados científicos e tampouco compraváveis do que estou dizendo, apenas estou expressando a minha opinião. Penso que, assim como não tenho aptidão para aprender matemática, química e física sozinha, algumas pessoas encontrarão essas mesmas dificuldades em outros campos, como o aprendizado de línguas, por exemplo.

O professor no curso de idiomas tem um papel similar ao professor de escolas normais (lê-se escolas do ensino fundamental, médio e etc) mas tem mais a ver com motivação do que qualquer outro fator. É normal ao perguntar aos alunos “Why are you studying English?” (Por que você estuda inglês?) eles responderem “Because I need it at work” (porque o necessito no trabalho) ou “Because it’s important” (porque é importante). Apenas uma ínfima fração dos alunos, algo em torno de 5%, dirão: “Because I like it” (porque eu gosto de inglês). Obviamente esse fator motivacional faz muita diferença no aprendizado, pois aluno desmotivado = aprendizado fracassado. Quantos alunos que precisam de inglês já passaram por várias escolas? Isso é algo normal entre os desmotivados. Ou isso ou eles simplesmentem desistem, pensam que não é algo para si, que não é capaz, etc. Eis porque acho que o principal papel do professor de idiomas é a motivação, pura e simplesmente. É ela quem instiga, provoca, suscita o pensamento à reflexão, e principalmente, motiva. Sugiro então que, antes de se matricular em alguma escola de idiomas, procure assistir às aulas de alguma turma e veja se o professor e o curso são interessantes o suficiente, a ponto de te querer fazer voltar para a próxima aula. E é claro, depois de ter se matriculado, se esforce no curso e estudo o dobro em casa!

😉